A Justiça do Distrito Federal rejeitou o pedido de sigilo na investigação envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O requerimento, feito por familiares do jogador, buscava restringir o acesso às apurações sobre um possível envolvimento do atleta em um esquema de apostas. A suspeita gira em torno de um cartão amarelo recebido por ele em partida contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023.
Além disso, o juiz Fernando Brandini Barbagalo autorizou que as provas já obtidas pela Polícia Federal sejam enviadas ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que agora pode abrir um novo processo contra o jogador.
Outro pedido, desta vez da defesa de Bruno Henrique, também foi negado. A solicitação pedia a revisão da decisão anterior que permitia o compartilhamento de provas com a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, em andamento no Senado.
O juiz ainda determinou que a empresa Blaze entregue informações sobre quatro investigados citados no inquérito. A casa de apostas é mencionada em conversas extraídas dos celulares dos envolvidos, mas ainda não havia atendido completamente às requisições da PF.
Em nota, a Blaze afirmou que está colaborando com as investigações e que tem fornecido todos os dados formalmente solicitados, dentro do que permite a legislação brasileira. A empresa declarou que respeita o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/14) e a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98), e que, diante de ordem judicial, está pronta para fornecer informações adicionais, como dados financeiros e de apostas.
A Blaze também destacou que repudia qualquer tentativa de manipulação de resultados esportivos e reforçou seu compromisso com a integridade do esporte. A empresa atua regularmente no Brasil, com licença definitiva concedida pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, e afirma estar à disposição das autoridades sempre que necessário.
Enquanto isso, apesar do andamento das investigações, Bruno Henrique continua jogando normalmente pelo Flamengo.