A edição 2025 da Copa Libertadores Feminina está sendo realizada na Argentina e segue até o dia 18 de outubro. Segundo a CONMEBOL, esta temporada traz uma premiação recorde: serão US$ 5,25 milhões distribuídos entre os 16 clubes participantes.
Assim como no ano anterior, o título valerá US$ 2 milhões ao campeão. A equipe vice-campeã receberá US$ 750 mil, enquanto cada time que disputa a fase de grupos garante US$ 50 mil apenas por participar.
Os 16 clubes estão divididos em quatro grupos, e os dois melhores de cada chave avançam às quartas de final. O Brasil conta com três representantes na competição: o Corinthians, atual campeão, além de São Paulo e Ferroviária.
Patrocínios impulsionam o futebol feminino
A Libertadores Feminina conta com grandes parceiros oficiais, entre eles Amstel, Coca-Cola e Mastercard, além de marcas comerciais como DHL, Powerade e Puma. No total, são 105 acordos de patrocínio envolvendo os 16 clubes participantes.
O cenário reflete o que já ocorre no futebol masculino: 100% dos clubes da Série A possuem acordos com casas de apostas. No futebol feminino, dez das 16 equipes têm esse tipo de parceria — nove delas com patrocínio master nas camisas.
Entre os exemplos brasileiros, Corinthians e São Paulo mantêm o mesmo patrocinador nas equipes masculina e feminina. Já a Ferroviária se destaca pelo acordo com a GaleraBet, vigente desde 2022, considerado um dos mais consistentes do país.
Marcos Sabiá, CEO da GaleraBet, afirmou:
“Fazemos parte desse projeto desde 2022, quando fomos pioneiros ao patrocinar as meninas da Ferroviária. Esse trabalho de longo prazo tem gerado resultados expressivos.”
Fábio Wolff, cofundador da Brasil Ladies Cup, também destacou:
“Com o fortalecimento do futebol feminino, observamos um aumento significativo de empresas interessadas em apoiar a categoria. Essas parcerias impulsionam o esporte dentro e fora de campo, como mostra o número crescente de novos acordos no Brasil.”
Para Camila Estefano, gerente do programa social Estrelas, o crescimento é visível:
“O futebol feminino vem ganhando cada vez mais espaço em audiência, público e engajamento nas redes. A Copa do Mundo Feminina de 2027 será um marco, ampliando o interesse e consolidando a valorização da modalidade no país.”
Audiência em alta e novos contratos
O aumento da exposição televisiva e digital comprova o avanço da modalidade e seu potencial como plataforma de negócios. Atualmente, o torneio conta com mais de 15 marcas confirmadas, incluindo Banco Sicoob, Itambé, Sadia, Aposta Ganha e Esportes da Sorte.
O interesse comercial cresce junto com a audiência. De acordo com estudo da Nielsen Sports, o futebol feminino deve figurar entre os cinco esportes mais consumidos do mundo até 2030, representando um crescimento de 38%. Na Copa do Mundo de 2023, a receita de patrocínios foi três vezes maior do que em 2019.
No Brasil, os números também impressionam: o amistoso entre Brasil e Japão, realizado em maio de 2025, alcançou 30 milhões de telespectadores. A Rede Nacional de Comunicação Pública (RNC) registrou um aumento de 42,8% na audiência da fase inicial do Brasileirão Feminino em relação a 2024. Já a TV Globo atingiu recorde histórico na final da competição de 2025, com 11 pontos de audiência.
Um futuro promissor até a Copa de 2027
O especialista em marketing esportivo Renê Salviano ressalta que o momento é único:
“O futebol feminino vive uma fase extraordinária, com enorme visibilidade e diversas formas de engajamento com o público. É um produto consolidado, que continuará crescendo até a Copa do Mundo de 2027, no Brasil.”
Segundo Salviano, já estão abertas as vendas de cotas comerciais para os campeonatos femininos de 2026, como Copa do Brasil, Supercopa, Brasileirão e Seleção Brasileira Feminina. Há oportunidades em placas de campo, ativações, naming rights e cotas exclusivas por segmento.
“Estamos em um momento estratégico. As marcas que entrarem agora terão vantagem e colherão resultados ainda maiores nos próximos anos”, conclui.